Moça de agradável cicio
Dizei-me, se cantas por sortilégio,
Ou se cumpre o seu ofício,
Eu que não me aparto do vício,
Por fraqueza me prendo em seu visgo,
Em sua boca inocente repousa o perigo,
Seus seios, fartos mirantes
Faróis para os amantes.
Expremei entre suas pernas,
Este pobre explorador de caverna
Devora os meus sonhos porvires,
Ficarei passivo na volúpia dos teus sentires,
Emaga em sua cauda, as minhas esperanças,
Não esboçarei reação,
Sou frágil feito criança
Embala-me nesta canção.
Que fim fútil! Escassa é minha sorte!
No ato de fecundar a vida, abraço a própria morte.