Desnuda a Alma
A noite é de outono!
Como é de a natureza transmutar
Desnuda a alma com o alvorecer
Vejo-te assim ao amanhecer!
Eu vou tomar você para mim...
Na cama poesia, café com leite
E te amar de novo, neste deleite.
Minhas mãos seguem...
Suntuosas, tuas curvas delinear
Vejo soprar o vento adentrar
Janela entreaberta...
Faz sussurrar \"nuances\" seus ouvidos
Como um redemoinho de ventos.
Sopram as folhas do outono
Vejo nua as árvores e lamento...
Queria poder vestir a alma
Tua natureza branda acalma
Teu despir vem o frio intenso!
Faz tua alma nua e trêmulas
Abraço-te, aqueço e adormeço!
_ Ernane Bernardo