Ernane Bernardo

Desnuda a Alma

 

Desnuda a Alma

 

A noite é de outono! 

Como é de a natureza transmutar 

Desnuda a alma com o alvorecer

Vejo-te assim ao amanhecer! 

Eu vou tomar você para mim... 

Na cama poesia, café com leite 

E te amar de novo, neste deleite. 

Minhas mãos seguem... 

Suntuosas, tuas curvas delinear 

Vejo soprar o vento adentrar

Janela entreaberta... 

Faz sussurrar \"nuances\" seus ouvidos 

Como um redemoinho de ventos.

Sopram as folhas do outono 

Vejo nua as árvores e lamento...

Queria poder vestir a alma 

Tua natureza branda acalma 

Teu despir vem o frio intenso! 

Faz tua alma nua e trêmulas 

Abraço-te, aqueço e adormeço!

 

_ Ernane Bernardo