A palavra Mãe não é um mero substantivo, deveria ser no mínimo um substantivo próprio.
Decerto e mais propriamente, deveria ser um adjetivo, com a acepcão de melhor virtude, além da humanidade, adjetivo que representaria algo além do cuidado, além do carinho, que possuiria a significância do acolhimento, de ninho, que em si, nessa pequena palavra, conteria o maior dos significados, seria o adjetivo que designa o coletivo das manifestações do amor, uma palavra que quase é o sinônimo do próprio amor.
Essa palavra, \'Mãe\', é em si um elogio e uma sacracidade.
Deveria ser mesmo um elogio, assim, por exemplo, a uma pessoa que fizesse algo extraordinariamente heroico: \'Foi uma verdadeira Mãe\'!
Ou no encorajamento a um desafio: \"vá, acredite, você tem o poder de uma \'Mãe\'!\" Na percepção de um respeitoso poder que se impõe com a presença: \"Tem que respeitar, hoje ele está \"Mãe\' demais!
A palavra \'Mãe\' também poderia ser conjugada como um verbo, afinal, se pensamos em \'Mãe\', lembramos certamente de ação.
Devetia ter sua expressão verbal, assim como o amor tem sua forma verbal em amar.
E o verbo derivado de \'Mãe\' teria aplicação nas ações que expressassem ternura, cuidado e proteção.
Mas a real extensão dos excelsos significados dessa bonita palavra, \'Mãe\', encontraremos nas expressões poéticas.
E ao grafarmos \'Mãe\', para quem possui maior discernimento da sensibilidade, escrevemos uma brilhante prosa poética!
Ou podemos desdobrá-la em estrofes, em versos, sem se preocupar com a rima, pois inexoravelmente já rimaria com vida, com amor, com cuidado e com qualquer outra palavra com sentido elevado.
Sem preocupação métrica, já é a medida, em qualquer estilo!
\'Mãe\', para quem acredita na eternidade e no destino em carinho, já é um poema perfeito, declamado por todos, com a sonoridade da música de ninar a embalar sonhos de criança no colo...