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Shmuel

Em noites claras de Clarices raras

 

Entre livros espalhados pela casa,  jovems silhuetas, retocam as maquiagens borradas, cerrando os lábios frente ao espelho que eterniza imagens,

Surgem Cecilias e Raquéis parindo versos forceps
em noites Claras de Clarices raras, sangram!                    Enquanto eu devoro seus versos

Que vantagem estar vivo hoje
E aprisionar nas retinas, desenhos e contornos, e se encantar
Com Adélias e Hildas em ristes,
Moças de incontáveis páginas,  eu as decoro em cânticos.

São lindas meninas forjadas nas palavras
São Alices, que me chegam em imensos rabos de baleias
A poesia não permite concessão,
Saudamos a perfeição nos ecos poéticos, nas Vozes- mulheres, da poeta Conceição.

Que me venham as Piñóns e tímidas Dickinsons em legião, 
a palavra é o que importa!            Ela é mãe do verbo,          Benditas sejam as sagradas entranhas geradoras de poesias, de poemas, e de poetas