Pai,
Queria viajar no tempo, para consertar o que agora entendo
Tudo o que fiz de errado, e que a ela, possa ter marcado...
Voltaria devagarinho, iria aparando todos os espinhos
Chegaria com um imenso ramalhete de rosas
A ela iria coroar, dizer que, delas é a mais formosa...
O tempo está se acabando, Pai! Vejo-a murchando
E ainda que a tenhamos regado
Não há mais viço, naquele olhar cansado
Quem sabe, seria mais fácil um recomeço...
Mas sei, Pai! Não mereço
Voltar aquele colo, depois de ter crescido...
Ela é mais que mãe, reconheço
Hoje, aquele rosto sofrido
É como semblante de santa
Rogo, que por ti, pai!
Também seja reconhecido...
Pois, a peleja foi tanta...
Ema Machado.