Jucklin Celestino Filho

SÚPLICA ( 05/05/21)

Diz o vento a dialogar 

Com a brisa:

Eu não crio

Ilusões. As ilusões 

Se criam 

Como as águas 

Do rio

Correm para o mar,

Obedecendo  ao comando

De quem as impulsionam.

As ilusões as criamos

Quando temos esperança 

De um sonho realizar. 

 

Responde a brisa a sorrir:

Sim, amigo vento,

Também sigo as diretrizes 

Do Criador,

E ilusões, dourados 

Sonhos crio

De uma vida melhor,

Se Ele o permitir.

Mas uma reticência

No agro momento 

Que vivemos ponho

Ao  meu dourado sonho.

 

Nesse entremio, em vez

De sorrir,

Eu choro,

E aos céus imploro 

Que nos socorra

Perante o dilúvio de agonia!...

Meu Deus!Meu Deus!

Não permitai

Que ainda tanta gente morra

Nesta pandemia!

Senhor, amenizai 

Tanto padecer,

Pois não cai

Um fio de cabelo ,

Uma folha de uma

Árvore se não Permitis.

 

O vento triste, lágrimas

dolentes rolando pela face

Qual cachoeira de prantos,

Denotando a amargura

Que lhe invade a alma,

Expressa-se, o coração 

Partido de tormento:

Não sei, amiga brisa.

Infelizmente não sei

Quando o mundo,

No\" pélego profundo\"

De tormenta,

A qual enfrenta,

E o Brasil, que carece 

Ação firme e combatente,

Um comandante 

Que ataque o problema 

De frente,

Implemente atitudes 

Audaciosas, inteligentes,

Firmes, eficientes

E eficazes, 

Ficarão definitivamente 

Livres deste padecer!...

 

A brisa, cujo intenso pranto

Lhe molha o rosto,

Com desgosto 

Se pronuncia:

Amigo vento, também não sei!

Quem há de entender 

Os desígnios de Deus ?

Quem poderá saber 

Até quando iremos conviver 

Com uma tragédia 

Dessa proporção,

A nível mundial ,

Infindo sofrimento 

Impingido à humanidade 

Que se mostra impotente 

Para resolver situação 

Tão catastrófica

Ante à adversidade

De uma pandemia

Que constrange o mundo?

Sinceramente, não sei!...