Observo a vida em silêncio
no parapeito do tempo
líquida, abundante, precisa
não importa o inverno no
entremeio
Lá adiante, no forno das
estações
arde uma centelha de poesia
que se divide em milhares de
feixes de luz
na linha do horizonte
Um suspiro fundo e converto
as lamúrias
em sopros resignados
e os coloco por perto, mais
que a lágrima
Sozinha, eu? ....Não!
Tenho a existência de
vivências cheia.
Essa janela aberta para o
mundo,
O clarão divino da aurora,
Os ventos que por aqui
passaram,
Ruídos de amores
estilhaçado
e um pequeno raio de sol
a me cortejar nessa hora!
Maria Lucia ( Centelha)