Carlos Lucena

PUJANTE

PUJANTE

Vejo - me submerso na exaustão
Minhas mãos
Já não fecham
Os calos transbordam
Meu repouso é o cansaço 
E sou acariciado
Pela fragilidade dos meus braços
E pela incerteza das pernas
Mas o coração avança
E mesmo no cansaço
Vou até onde a palavra alcança
Porque a palavra é dança
Esperança
Pujança
Arranca os calos
E anula os abalos!