Dizem-me que descansas lá no brilho
Da eternidade junto ao Pai sublime.
Pois que seja; descansa, amado filho,
Deste mundo que grita e que te oprime.
Por mais que o mundo inteiro se concentre
Em dizer-me \"essa \'coisa\' nem pensava.\",
Sei que foste meu filho desde o ventre;
Antes do nascimento eu já te amava.
Filho, que meu amor jamais se acabe;
Eu te entrego meu gládio e meu escudo.
Talvez repouses lá no céu... quem sabe?
Pois teu vulto sublime eu vejo em tudo.
Em terceira pessoa fala o mundo
Depois que tu partiste desta vida.
Pois meu maior amor, lindo e profundo;
Foste Tu, sementinha tão querida...
Desde a madre, pequeno, esse meu zelo
Foi sempre grande, puro e genuíno;
Mas morreste no útero sem vê-lo
Tendo Deus definido o teu destino.
E sabe, filho, eu bem te escrevo nisto
Que insiste o coração: \"vá e desabafe-o!\"
Amo-te, amado filho nunca visto;
Com lágrimas assino este epitáfio...