Nessa rede vou te amar.
Desvairado a balançar.
Quase sem nenhum pudor.
Vou teu corpo explorar.
Teus gemidos escutar.
E o barulho do armador.
Nessa rede vou te amar.
Minha sede vou matar.
Te fazer de cobertor.
Tuas carnes perscrutar.
Esse doce farfalhar.
E o barulho do armador.
Nessa rede vou te amar.
Sem ao menos indagar.
O que queres, o que eu dou.
Nesse gozo viajar.
Sem mesmo me importar.
Com o barulho do armador.
Nessa rede vou te amar.
Nesse êxtase pendular.
Nas delícias desse amor.
Prometo só vou parar.
Se for para consertar.
O barulho do armador.