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Ize de Almeida

Desejos

 

Não sabia desejar,

Nunca soube....

Não Sabe desejar,

Nunca aprendera...

Desejo é coisa séria,

Vida é coisa séria.

 

 Mas como desejar o certo?

Se a dor se apresenta nua,

Desejar a morte, não é o certo?

Então crendo que assim é,

Desejou a morte.

Ela veio, sempre vinha,

Veio muitas vezes,

Mas....

A morte, indiferente, a recusava.

Rejeitada, ela ficava,

Seguia então...

Feliz até se aparentava.

 

E se prosseguir necessário era,

Desejou o amor,

Desejou muitas vezes,

Ele veio, sempre vinha,

Veio algumas vezes,

Mas...

Desejo e rejeição

Já andavam com ela,

O amor indiferente, a recusava.

Rejeitada, ela ficava,

Seguia então...

Feliz até se aparentava.

 

Não sabia desejar,

Nunca soube....

Não Sabe desejar,

Nunca aprendera...

Desejo é coisa séria,

Vida é coisa séria.

 

Poderia lhe dizer:

Desejo é coisa simples,

Desejo na alma deve estar,

E depois de desejar,

Apenas sentir a paz do desejo,

Desejo bom de ser desejado,

Tem que ser feito com paz,

Desejo bom de ser desejado,

Traz luz ao coração.

 Mas... 

Não sabia escutar

Nunca soube...

Não sabe escutar,

Nunca aprendera.

Seguia então...

Feliz até apresentava.