Lágrimas sentidas caem,
Qual sangue a espargir,
Molhando a face de pranto
Da rosa vermelha que chora,
Despetalada de dor:
Pétalas rubras estendidas
Pelo jardim que também chora
A triste partida
Do cravo que brigou
Com a rosa, a bela Rosa
Que os negros cabelos enfeitava
Com lindas flores
Do campo, pendidas
Dos galhos dos vergéis a vida.
O cravo que brigou
Com a Rosa
De tédio entristeceu,
Vendo norrer no olvidor
O amor
Que à sua linda Rosa dedicou.
Todo o enlevo
Que no coração alentava,
Agora , é torrente
De saudade, no peito a carpir!
De repente,
Todo o encanto,
Qual fumaça, desvaneceu!
Não mais a Rosa
Os negros cabelos enfeitou!