Não há verso que sirva à rima,
Não há canto que se encaixe
À melodia,
Não há orquestra por
Mais bem regida
Que faça a plateia delirar,
Se é quebrado o encanto,
A voz do vento a soluçar!...
Não se há, rimar flor
Com amor,
Se prevalece a dor...!
Flores enfeitam jardins,
Embelezam jarros,
Mas murcham depois.
Morrem no olvidor!
Queremos flores para adornar
O jardim da vida,
Não para pavimentar
Nossa estrada de tristeza:
Contar dia a dia,
Numa tormenta atroz
Números cada vez maiores
De cadáveres!
Vemos na tragédia sanitária,
Coisa de inconsequentes,
De suicidas,
Se aboletarem
Em irresponsáveis aglomerações ,
Desprotegidos, procurando
A morte e, até levando
O vírus para casa.
E ele não perdoa !