A loucura beirou a sanidade
beijamos com coragem os covardes
caminhamos entre espinhos e sorrimos, disfarçando a dor
Dizemos palavras belas, porém falsas, fingindo amor
mas quando veio ter conosco a lucidez
e nos mostrou todo o estrago que se fez
choramos prontos pra errar outra vez
a cada lágrima, um quê de insensatez
e após o luto de perdermos o que vive
voltamos livres às algemas que forjamos
Porque sabemos lidar bem com a servidão
Mas liberdade faz de nós homens estranhos
E a solidão é a companhia do homem livre...