Eu, em seu leito
caudaloso, rio...
Afronto este caudal,
Desconhecido e
bravio,
é seu jorro fluvial.
No desejo ingênuo,
cedo ao desafio
Pulo em suas águas,
seus braços me enlaçam...
Ouço ao longe um canto
de lamentos e
mágoas.
Retorno às margens
enquanto sua imagem,
num enorme espelhal, se esvai.
Na encosta, exaurido e sem resposta
Nada me motiva,
nada me atrai,
Letárgico, vejo fluir
Em lágrimas, rio abaixo
Diluem-se meus pesares
Em diversos rios...e mares