Edla Marinho

A PRECE

 

Tu vives, eu sei, como prisioneiro
Teus ais eu ouvi num grande lamento
O que fez de tua vida um tornento
Foi meu aceno e beijo derradeiro

Foi, quem sabe, um inimigo d\'amor
Um tal destino que nem sei se existe
Sei, meramente que minh\'alma insiste
De arrependimento, sempre sofrer

E ao ver-te longe...tão longe de mim
A beijar uma flor noutro jardim
Sentindo o meu gosto no beijo dela

Correm dos olhos, rios de saudade
Então rogo a Deus, lá na etenidade
Dar-me, enfim, o que hoje, a minh\'alma anela


Edla Marinho  24/07/2019