almas gêmeas
Aconteceu.
Meu amigo, excelente psicólogo e estudioso do Tarô, disse-me, com seriedade, diante das cartas na mesa: Cecília, seu marido não é sua alma gêmea.
Não? E essa alma gêmea existe, hoje? Sim, é um homem, mora em outra cidade e vocês já se encontraram, nesta existência. Em outra, anterior, viveram juntos, na Península Ibérica.
Sei quem é, foi. Lembro-me do mágico encontro na Barão de Itapura.
Quando conheci meu marido, companheiro por cinquenta anos, em um casamento, feliz e amoroso, creio que não éramos almas gêmeas, como fomos aos poucos nos tornando.
O conceito de almas gêmeas me encantou, embora não pareça indispensável para a vida , e talvez seja apenas mais uma lenda romântica.
É gostoso acreditar que há no mundo, na nossa era, uma pessoa criada para cada um de nós, que nem é preciso procurar. Os cordões imantados do destino arrastam o casal para o encontro. E pode até dar certo. Mais de uma vez!
Temos a confortável sensação de que o cosmos se preocupa conosco...