Contemplo as tuas curvas
Como quem se curva sob um templo
Pequena luz num quadro amplo
Deste mundo de cortinas turvas
Esboças um sorriso honesto
Odes às curvas que o suportam
E ao desejo que em mim exortam
Fazem de mim pagem modesto!
No centro as duas leiteiras,
De curvas àvidas, circundantes
Anunciam-se aos bons vivantes
Como se erguidas duas bandeiras!
Como trabalho de porcelana
Tão bem cinzelada estatueta
Será esta digna silhueta
Das outras curvas soberana?