A água se faz turva para esconder a realidade
O sol se acoberta para fingir a noite
A lua cega o brilho acanhado
As muitas palavras soam profanidade.
De bocas resvala falsidade
De mentes nasce a perversão
Do ser parvo se faz ilusão
Do ser depravo deleita em paixão.
A matrona que divide a personalidade
Rabisca um futuro incerto
Leva seu corpo ao purgatório
Termina a vida sem familiaridade
A alma de joelhos vai chorar piedade.