Sergio Luis Baginski

Dupla Personalidade

A água se faz turva para esconder a realidade

O sol se acoberta para fingir a noite

A lua cega o brilho acanhado

As muitas palavras soam profanidade.

 

 De bocas resvala falsidade

De mentes nasce a perversão

Do ser parvo se faz ilusão

Do ser depravo deleita em paixão.

 

A matrona que divide a personalidade

Rabisca um futuro incerto

Leva seu corpo ao purgatório

Termina a vida sem familiaridade

A alma de joelhos vai chorar piedade.