Jessé Ojuara

Libertem os livros

 

Hoje é o dia do Livro,
e de São Jorge também.
É feliz coincidência,
nós remete mais além.
São dois valentes guerreiros,
na luta ao lado do bem.

Ao vermos a escuridão,
da torpe ignorância,
se avizinhar sorrateira.
Com muita beligerância,
carece que o homem bom,
combata a tola arrogância.

Contarei uma historia,
que hoje me emocionou.
Ao limpar minha estante,
vi que meu livro chorou.
Não entendi seu recado.
Ele empoeirado explicou.

Eu dei a você alegria.
O mundo lhe apresentei.
Vôo nas asas dos sonhos.
Sobre alquimia falei.
Em troca só ingratidão.
Pronto já desabafei.

Deixa eu seguir minha sina.
A Muitos dar educação.
Libertar da cegueira.
Um povo sem visão.
O seu apego me escraviza.
Quero partir meu irmão.

\"Somos o que espalhamos...\"
A sabedoria falou.
..E não o que juntamos\".
A pró Raisa alertou.
\"Possua o que possa carregar\".
O Dalai Lama ensinou.

Imploro que você vença,
o seu apego ancestral.
Sei que não é por maldade.
Mas mude o seu astral.
Libertem livros e amores.
O apego é muito banal.

Ditaduras o censura.
Os nazistas o queimou.
Sabem que livros libertam.
A ignorância nos cegou.
E você com seu apego,
a liberdade ofuscou.

Leia e passe adiante.
Não interrompa seu caminho.
Fiquem com só um ou dois.
Podem manter no ninho.
Ele não é decoração.
Liberte-os com carinho.

Se não fizer sua parte.
E lhe compartilhar.
Vai decretar sua morte.
Deixe seu caminho trilhar.
A tecnologia sufoca.
Precisa voltar à brilhar.

Muitos têm sede de saber.
Mas não têm boa condição.
O livro é importante.
Muda essa situação.
Poderosos vão resistir.
Fuja da acomodação.

Navegue nas palavras,
sem um rumo ou direção.
Tenha o saber como o norte,
leitura como paixão.
Para livrar-se das trevas,
do medo e da servidão.

No livro compartilhado,
brota a semente do saber.
Cada mente iluminada,
faz a esperança florescer.
Sua doação é o sangue,
que fará o livro renascer.
.
Libertem os seus livros.
de qualquer avareza.
Seja desapegado.
Mostre a sua esperteza.
Essa é sua nova missão.
Agradeço á nobreza.