Gisele Cunha

Chega de Invasão


Os brasileiros(as) ainda sentem o reflexo do mundo europeu.
Que se perdeu da rota, invadindo as terras de donos exóticos
Olhares que as visões deles descreveram
Corre no sangue e nós espaços a dor, e sofrimento que não foi superado.
Daquela vida de tanta carnificina
Que cheira mal, até os dias atuais...
E esse padastro que nunca cuidou de ninguém.E foi arrancando não somente as riquezas
Mas o direito de sentir nossa mãe natureza
De ser um Brasil de origem pura
Sem interferências de um legado que pegavam as avós no laço, forcando um nascituro misturado, de forma brutal
Esse misto de sensações perversas.
Vêm das entranhas lá do passado, que hoje se faz bem presente, e vocês vítimas desse processo ainda carrega no peito a culpa da apropriação que eles cometeram.
Aqui só a mãe protege, mas está vulnerável
O pai nunca quis saber dos filhos bastardos, que passam fome
E mal sabem falar o português
Mas ninguém nunca se preocupou
Em te ensinar sua língua materna
Quem sabe falar Tikuna, guarani kaiwá, kaingang, xavante, yanomami?
Somente os poucos donos das terras que restam
A liberdade é restrita seu limite é até aqui!
Não a taxação dos livros, o povo tem direito de querer aprender...
A usurpação é constante
Acorda filhos da terra fértil
Seu país é gigante !
E precisa do grito de independência de todos vocês para sobreviverem.
Autora: Gisele Cunha