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Ricardo Magro

Preces de um Homem

Escorrem pelas faces amáveis
Mágoas vivas, imortais
Suplica-se aos ventos afáveis
O fim das disputas surreais

Amargo destino obscuro
De uma vida qualquer
Faz-se do grito, um murmuro
Sem direito ao que se quer

E paga-se o dízimo
Pra se voltar a pecar
O arrependimento é ínfimo
A bomba está a rebentar

Pois soltem o grito são
Com enorme pujança
Devolvam ao povo o pão
Tragam de novo a mudança!