Eu não gosto das estradas fáceis.
Quero coletar as flores do impossível
ao longo do caminho,
frequentemente
inacessíveis ao meu instinto.
E perseguir com passos voadores
a felicidade que desejo.
Não quero ter medo de me perder,
porque realmente se perde
apenas aquele que se rende
antes de tentar.
Quem esquece a si mesmo
para se conformar com os outros assim,
despe-se da esplêndida singularidade.
Trago a pele
feita de armadura,
hematomas e cicatrizes,
mas também de mil carícias
que não posso esquecer.
Calço a vida com orgulho,
mesmo que às vezes caiba apertado
porque me construí,
com vitórias e derrotas.