Esse sou eu... nú e descalço.
Aos soluços e aos prantos,
Sob cores quentes de verão,
Na penumbra dos seus beijos...
Sedento de paixão.
Esse sou eu... passos cansados.
Lutando contra os meus medos,
Agarrando-me a fios de esperança,
Caíndo aos seus pés...
Mendigando, a ti, pão.
Esse sou eu... flutuando em pensamentos.
Esvaziando meus pulmões manchados,
Hidratando minha carne com sangue...
Noites são crianças vazias.
Esse fui eu... em paz, em seu lar.
Viajando pelas suas curvas insanas,
Me abrigando em seus abraços...
Sem um caminho pra casa.
Quem fui? Não sei... sonâmbulo.
Que ao abrir os olhos chorou,
As nuvens estavam longe,
A lua minguava...
Sentiu o julgamento das estrelas.
Caminhos labirínticos se cruzam?
Cansado de mais para mais um capítulo... lágrimas molham meus papéis.
Beijos e promessas inalcançáveis.
Corpos compondo uma sinfonia única e ofegante.
Lembranças de um passado não tão distante.
Obrigado, próximo...