Vencer sem lutar,
Macula a vitória.
A glória
É lutar
Para vencer,
Ou abandone
O campo de batalha
Pra não chafurdar
No lodo inglório
De outrem,
O triunfo
Facilitado lhe ter!
Como disse o poeta:
Sou filho do Norte.
Sou forte.
Sou bravo.
De sorte,
Que não sou
Da preguiça -- escravo .
Não temo mau tempo!
Não temo má sorte!
Sou feito,
À tempora de aço,
Com efeito,
Forjado para luta,
No fogo forjado
Na árdua labuta!
Não vejo fracasso,
Só mérito
Lutar pela vida,
Pois o nordestino
É acima de tudo,
Um bravo,
Mesmo vencido,
Por terra caído,
Triunfa, por ter
Tanto lutado!
O filho do Norte/Nordeste,
Nobres regiões
Deste imenso País,
É um cabra arretado,
Para grandes
Batalhas talhado,
Temperado no aço
Da resiliência,
Cuja ígnea resistência
O faz matar
Um leão
Por dia, cruzando
Mil léguas,
Os bravis sertões
Destemido cortando,
Deste abençoado rincão,
Chamado Brasil.
Moço, o filho
Do Norte/Nordeste,
É por natureza
Um forte,
Acostumado às mais
Árduas refregas!...
Impávido, não teme a luta;
Corajoso, não teme a morte!
Se entrega
De corpo e alma à disputa
Que trava incessantemente
Contra as contingências
Da vida
Pelo pão de cada dia,
De sorte,
Que, cabra da peste, perece,
Não morre!
Tomba um.
Milhares aparece.
Povoa cada quadrante
Deste Pais-Continente,
Orgulho da América do Sul,
Cujo \"céu cor de anil\",
Lhe empresta
Incomparável beleza,
Dentre \"nações mil,\"
Eterno gigante,
Chamado Brasil!