Abel Ribeiro

Por uma vida...  

 

Por uma vida diferente

Essa mesma que mata a gente

Nos mente e nos torna demente

E a gente nem sente e fica indiferente

 

Por uma vida sem ferida

Que transforme a partida indigesta

Na tela da Frida

Pintada em dia de festa

 

Por uma vida sem desespero

Que nos tome por inteiro

Ao sabor do doce tempero

De fevereiro a janeiro

 

Por uma vida sem guerras

Sem armas e pandemias

Onde o amor que a soterra

Passe a ser nossa fantasia

 

Por uma vida onde o romantismo

Não seja apenas cortesia

Conto do caso sem realismo

Paixão e arte contra a tirania