Soneto da Lavoura
O amigo sol deflagrou a todo instante
Pele seca castigada, é sempre intrigante
E na vanguarda a aurora invade a cena
Desbravou sua coragem entrando em cena!
O suor que escorre pelo rosto enrugado
Mostra o homem do campo castigado
Flagrou lampejos imunes no horizonte
Falsete 50 tons de cinzas! escaldante!
Nas primeiras horas cantou o passarinho
Esbravejou sua querência, ainda no ninho
Chuvas de gratidão salvou toda plantação!
Plantou: Repolhos, tomates, coentro, espinafre
Plantou: Pimentões verdes, alfaces e cebolinhos
Colheu o que plantou, saudando os passarinhos.
_ Ernane Bernardo