Ernane Bernardo

Soneto da Lavoura

 

Soneto da Lavoura

 

O amigo sol deflagrou a todo instante 

Pele seca castigada, é sempre intrigante

E na vanguarda a aurora invade a cena

Desbravou sua coragem entrando em cena!

 

O suor que escorre pelo rosto enrugado 

Mostra o homem do campo castigado

Flagrou lampejos imunes no horizonte 

Falsete 50 tons de cinzas! escaldante!

  

Nas primeiras horas cantou o passarinho 

Esbravejou sua querência, ainda no ninho 

Chuvas de gratidão salvou toda plantação!

 

Plantou: Repolhos, tomates, coentro, espinafre

Plantou: Pimentões verdes, alfaces e cebolinhos 

Colheu o que plantou, saudando os passarinhos.

 

_ Ernane Bernardo