Jucklin Celestino Filho

DESUMANIDADE NA PANDEMIA (08/04/21)

Muitos estão ali, e vão 

chegando mais ainda

Na festa macabra 

Que que vai rolando...

Chegam mais...muitos mais

Se abuletam, se estreitam,

Se enroscam ,

Na folia fúnebre...

Muitos mais chegam eufóricos,

Se juntam tresloucada

E irresponsavelmente,

Dando vazão  à sua sanha

Festiva, no desenfreado 

Afã de mais orgia --

Festas... festas...

Mais ainda se juntam,

Não se dando conta 

Que estão indo

Para a balada da morte,

Enquanto rir e comemora 

O inimigo Invisível, a Covid-19.

 

O vírus espreita, aguarda 

O momento de fazer 

Mais vítimas no banquete 

De infecção e mortes,

Tendo como seus

Colaboradores e cúmplices 

Na balada de horrores:

Descuidados inconsequentes,

Aglomeradores, charlatães 

Que indicam remédios

Cientificamente ineficazes ,

Inimigos e sabotadores

Medidas de segurança 

Contra o Coronavirus:

Como distanciamento social,

Álcool-gel, uso de máscaras

E mais o que for necessário,

Por amor a vida.

 

Meu Deus,  que contradição 

Cruel, atroz e desumana!

Enquanto muitos se infectam,

E alguns não resistem 

À infecção e morrem,

Há uma turma do coração 

De pedra, cujo deus

É  o dinheiro, que ao invés 

De contar flores 

De benevolência 

E compaixão às pessoas 

Que padecem as agruras 

Da pandemia,

Prefere contar grana,

Muita grana,

Lucrar com a eficácia 

Mortífera do virus,

E alguns bilionários

Brasileiros , ficam mais

Bilionários ainda,

Juntando ao seu farnel

Dourado , bilhões 

De dólares amealhados 

Em plena pandemia!