Francisco Sulo

Sucubus

 

O véu da noite se precipita sobre mim

E acentua as dores da minha solidão

Se a insônia capitula e vai embora

Adormeço sob a ameaça agonizante de Sucubus

Que me rouba o ar e confunde a minha realidade

 

Quero a companhia do teu amor

E contigo dividir o meu leito

Arquejar sob a pressão do teu corpo

Em vez de sucumbir, ofegante, sob a presença aterradora dos demônios do sono

 

E quando a aurora me bater à janela

Desfazendo, sorrateira, o meu mundo onírico

Não vou mais temer acordar sozinho