Gosto do vento no rosto sulcando rugas na alma...
Estatuar me faz esmaecer ante a sutil castigo...
Gosto de sentir o frio tiritando a pele calma...
Estremecer faz-me entregar a qualquer abrigo...
Gosto de deslizar pelos campos em desamparo...
Ser libertário me traz felicidade pelo empoderamento...
Gosto dos meus olhos observando-me como ávido pássaro...
Auscultar-me faz amolecer empedernidos pensamentos...
Gosto de dissecar os sonhos como presságios de qualquer sorte...
Instar me faz querer permutar o infortúnio com o que há de vir...
Gosto de sentir a dor como se fosse a incompleta morte...
O medo me faz pensar nas clareiras que tenho que abrir...
São essas reticências que me mantém à a leve distância do insano que idealizo...
IaMaI