Passaram-se tempos sem que te olhasse,
Oh lendária alma dos meus sonhos,
Fizeras falta e a provocares meus prantos
Numa intensa saudade a amargurar-me.
Vivendo, pois, eu na solidão em desencanto
À lamuria e tedio então me entreguei
De dor cantei e chorei
Só em recordar-me de teus encantos.
Escrevi-te várias cartas e bilhetes
E passei a alimentar a esperança
De novo te rever,
E libertar-me da solidão que estava a viver.
Agora, pois, que voltaste
A alegria e a paz no meu peito renasceram
E os prantos, a saudade e a dor
De meu destino se perderam.