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Filipe Miguel Baptista Pires

A Terra dos meus pais

Há tanto tempo que não vinha,
À terra dos meus pais,
Meu Deus as saudades que eu tinha,
Não só deles como dos demais.

O rio que passa pela aldeia,
Leva memórias à sua passagem,
Como o sangue que corre pela veia,
E alimenta tão bela paisagem.

Tinha saudades de sentir o ar puro,
De passar por tão bela ponte,
Ligar o passado ao futuro,
E beber da água de cada fonte.

Sentia falta de subir a serra,
Olhar nos olhos de toda a gente,
Tão bela esta maravilhosa terra,
Que é o meu mais lindo presente.

Ao passear-me por entre as ruas,
Relembro os encantos desta aldeia,
Deixando as minhas fragilidades nuas,
Mas a minha alma cheia.

O Zêzere, tão belo este rio,
Trás tanta beleza a Dornelas,
Ao vê-lo, não choro por um fio,
Ao rever paisagens tão belas.