Carlos Lucena

DOS MEUS DEDOS

DOS MEUS DEDOS

A inspiração sai dos meus dedos
Onde estão impressos
Segredos
Medos.
São eles
Que me dão o crivo
Vivo
O verso
E o reverso
O inverso
O universo
O controverso.
E aí construo o senso
O contrassenso
Com o incenso
Que pode ser lume
Perfume
Estrume.
Aí meus dedos
Lavram
A palavra
Amena
Suave
Brava
Distante
Constante
Mas no tempo
De um instante!