Quando morre gente,
E a gente
Fica impotente
Ante tanta morte.
Qual o norte a seguir?
Não há norte!
Só a morte
É o que vemos aqui!
Que pesadelo!
Brasil é hoje, um gigantesco
Cemitério a céu aberto,
A contar cadáveres , a encher
Os leitos hospitalares,
Quando ainda há leitos.
O canto é finado.
A lira é quebrada
Quando o encanto é desfeito,
E não pode disfarçar
O choro de tantas famílias
Vivendo um pesadelo,
Padecendo a perda
De tantos antes queridos.
Brasil, um imenso cemitério
A céu aberto,
Dia a dia, a contar
Milhares de cadáveres,
A encher
Os leitos hospitalares,
Quando ainda há leitos!
A quem culpar,
Ante à barafunda ,
O tormento incomensurável
Que prostra de joelhos
O \" gigante ainda adormecido\"
No que em outrora,
Fora um \"berço esplêndido\"?