Depois da tua partida,
A desorientação tomou conta de mim,
Essa viagem só de ida,
Ditou tão trágico fim.
Agora passo os dias em desvaneio,
Sem qualquer vontade de nada,
Por entre os lençóis me vejo,
Pela vida injustiçada.
Não tenho forças nenhumas,
Nem tão pouco iniciativa,
Como presa nas dunas,
Completamente perdida.
Tento encontrar uma razão,
Para viver outra vez,
Mas esta tamanha desilusão,
Resulta do que o destino me fez.
Quero voltar a ver o sol,
Voltar a sentir o vento,
Mas só me refugio no lençol,
Nem que seja por um momento.
Espero que o tempo cure,
A dor da tua partida,
Que para sempre não dure,
A dor desta ferida.