Partículas invisíveis...
Um ponto, e tudo foi dito...
Três pontos... num infinito de possibilidades
Nada, também é um ponto a ser contado
Nem mesmo o silêncio mudo, é nulidade
O vento passeia, não o vejo
Leva meus pensamentos, seu hálito toca-me
Como brisa, arrepia minha alma e pelos...
Vejo movimento, gotículas apressadas sobre a vidraça
Espiam minhas retinas, embaçadas pelas lágrimas
Abraçam-se, descem pela calçada
Percebo...
O mundo gira, quem vê? Nada permanece no lugar
A água, que a tudo alimenta, caminha por caminhos diversos
Embrenha-se na terra, sobe aos céus, que ninguém a viu cruzar...
Partículas de oxigênio, de poeira, compondo meu eu, e o seu ar
Não me diga, o que sou, se posso mudar...se sou, assim ou o que achar
O que carrego comigo, só eu sei o peso...
Sou parte dos caminhos que passei, das pedras que lapidei
Dos anos que labutei... de mim, só eu sei...
29/03/21