Pássaro, que na manhã passara
Eu, que em meu tom, passo
na minha linha sem fim, ando
a vida que por fim, proclamo
Rimo neste riso sorriso
que vivo num mar criativo,
vai de tom em tom, ambulando
três tenores de ares brigando
Sândalo o funebre atormenta
que de tudo em tanto, adorna
absorto, este ermo que aumenta
as paixões que na noite te acorda
Rosas ao vento tão leve
que este rosto sedoso amamente
os puros suspiros me serve
no deleite de um amor estridente
E o terceiro lhe falta palavra,
sem tom, nem cor descritíveis
só a história que nem desdobrava
ermos, nem rosas, só tons invisíveis