A meia noite um cavalheiro pousa o seu chapéu sobre o peito
Ao topo da colina transitou os pensamentos pela terceira arte
Sobre o luar tocado pela luz do sol
Quadro de pintura onde as árvores ajoelham ao céu azul
Azul da madrugada serenata
Surgiria pelas janelas da casa amarela
Cachos que desvinculam sobre a vista antes do amanhecer
O seio retraído que namora o sopro de barro
Avistando o respirar de Deus, apreciando a costela de Adão
Pintura renascentista que não envelhece
Perfume de laranja e um homem sobre as laranjeiras
A lua inclina-se aos ouvintes declarados
Delicadamente manuseados pelo acorde da tocata
O amor bate palmas pela noite
Corações suprindo as almas passadas
A amada permanece de costas por não conter sorrisos
Entre a tonalidade e imaginação
Seus dedos pincelam a lágrima do futuro
Por não viver a realidade de um real sonho.