A Justiça é cega,
Quando não enxerga
O clamor de um injustiçado;
Surda, quando não escuta
As súplicas de um inocente;
Muda, quando se cala
Frente à agressão Sofrida por
Alguém que recorre
À Lei para por ela ser socorrido,
E lhe é negado direito de defesa.
A Justiça fala, escuta e enxerga,
Quando não se ajusta,
À custa
De ouvir a voz das ruas,
Nem o ronco de pressões
Maledicentes externas,
Cujo desiderato
Não fica barato
À honra dos preceitos legais:
Sabe-se a que se presta!
A única voz que deve escutar,
É a própria voz da Justiça,
0 que está insculpido
Na Carta Maior da República!
A Justiça às vezes
É cega, surda e muda, mas não é burra!
Sabe o que é magistrado que se porta
Qual adversário de quem julga:
Marca pênalti .Ele mesmo bate
E comemora o gol ilegal,
Feito com a mão,
E ainda ele, o juiz, que era zagueiro,
Goleiro , atacante
Tecnico, se encontrava
Em flagrante impedimento.
Rir-se a turma que o secundava:
\"Não tinha provas,
Mas tinha convicção , isso lhe bastou
Para exarar a sentença.
Ensaiava e combinava
Com o tecnico adversário
Jogadas para prejudicar
A quem sempre teve por inimigo,
E no sacrário das ilegalidades,
Às quais sempre
Gozou de impunidade,
Denotava-se na sua ação deletéria
Instrumentalização do Judiciário,
Violação do direito de defesa
Do julgado.
Proferiu, a reverso da Justiça,
Sentença plena de nulidade,
Por quebra de parcialidade,
Em tantos atos demonstrados,
Restando provado ter sido
O que se abomina na roda
Futebolística: juiz ladrão!