Jucklin Celestino Filho

JUIZ LADRÃO III ( 23/03/2021)

A Justiça é cega,

Quando não enxerga 

O clamor de um injustiçado;

Surda,  quando não escuta

As súplicas  de um inocente;

Muda, quando se cala

Frente à agressão  Sofrida por  

Alguém que recorre 

À Lei para por ela ser socorrido,

E lhe é negado direito de defesa. 

 

A Justiça fala, escuta e enxerga,

Quando não se ajusta,

À custa

De ouvir a voz das ruas,

Nem o ronco de pressões 

Maledicentes externas,

Cujo desiderato

Não fica barato

À honra dos preceitos legais:

Sabe-se a que se presta!

A única voz  que deve escutar,

É a própria voz da Justiça,

0 que está insculpido

Na Carta Maior da República!

 

A Justiça às vezes 

É cega, surda e muda, mas não é burra!

Sabe o que é  magistrado que se porta 

Qual adversário de quem julga:

Marca pênalti .Ele mesmo bate

E comemora o gol ilegal,

Feito com a mão,

E ainda  ele, o juiz,  que era  zagueiro,

Goleiro , atacante 

Tecnico, se encontrava

Em flagrante impedimento.

 

Rir-se a turma que o secundava:

\"Não tinha provas,

Mas tinha convicção , isso lhe bastou

Para exarar a sentença.

 

Ensaiava e combinava

Com o tecnico adversário 

Jogadas para prejudicar 

A quem sempre teve por inimigo,

E no sacrário  das ilegalidades,

Às quais sempre 

Gozou de impunidade,

Denotava-se na sua ação deletéria 

Instrumentalização do Judiciário,

Violação do direito de defesa

Do julgado. 

Proferiu, a reverso da Justiça,

Sentença plena de nulidade,

Por quebra de parcialidade,

Em tantos atos demonstrados,

Restando provado ter sido 

O que se abomina na roda

Futebolística: juiz ladrão!