Francisco Sulo

Consubstanciação

Quero me unir a ti

De corpo e alma

Até que nos tornemos

Consubstanciais

 

Como água quero me acomodar

A cada vaga e depressão

Da tua superfície 

E me escorrer em cada túnel e concavidade

E romper assim a tua crosta

O teu manto

Até te tocar o núcleo

 

Até que nada mais impeça

Que sejamos um só

À revelia do que expressa a lei

Da impenetrabilidade dos corpos