Quero me unir a ti
De corpo e alma
Até que nos tornemos
Consubstanciais
Como água quero me acomodar
A cada vaga e depressão
Da tua superfície
E me escorrer em cada túnel e concavidade
E romper assim a tua crosta
O teu manto
Até te tocar o núcleo
Até que nada mais impeça
Que sejamos um só
À revelia do que expressa a lei
Da impenetrabilidade dos corpos