Eliabe Lira

Livre de espinhos

Mar e terra me sussurram 

O céu me aconselha 

E no fim escolho que o vento me guie.

 

No fim as pessoas querem demais

Querem extremos e radicalismo 

Se sou, se não, se não escolho

E não tenho tempo para decisões.

 

Sou completamente livre de amarras 

Mas, vivo numa prisão, por opção

Não quero me mexer nessa cela espinhosa 

Quero cantar mais um pouco a tranquilidade.

 

Sonhar um pouco enquanto choro

Vislumbrar um espelho, ver meus erros

Dançar silencioso por toda essa extensão

Fingir que estou bem em pouco espaço.

 

Vou me ver mais um pouco

Pensar em formas de me classificar 

Descobrir até onde quero ir com isso 

Até quando vou conseguir me ver.

 

Então me tirem de mim, daqui

Quero pegar na sua mão e dançar 

Sem me importar com nada 

Quero ser livre de mim, de nós.

 

Como andar numa montanha russa 

Quero saborear vários sentimentos 

Não quero estar aqui, na mesma 

Não quero continuar pisando em pregos.