No tear da vida,
Tempo é fio de linha,
É espaço vazio,
É liberdade, poder e criação.
Eu tranço fios,
Corto nós e laçadas,
Desfaço meadas
De uma mente embaraçada.
No desenrolar
De emaranhados,
Retornos e passados,
Costuro dores e feridas.
Espaços se abrem
Para novos teceres,
Na construção de saberes,
Fio novos caminhos.
Eu bordo,
Com linhas coloridas,
Crio flores,
Folhas e beija-flores.
Na linha da vida,
Eu teço,
Desfaço e recomeço,
Construo, enfeito e embelezo.