Rui Rocha

Eu, poeta

 

Quem me dera ser poeta,

Sentir o sopro dos eleitos

Num impulso, talvez de amor

Em odes e estrofes em flor

Poder serenar esta alma inquieta

 

Ter-te a ti, só a ti, junto a mim

Seres a centelha, vício, obsessão

Entoar-te uma doce melodia sem fim

Tingida em tons de pura paixão

 

Perder-me em utopias e fervores

Através de traços breves e perfumados

Pintar-te um mundo cheio de cores

 

E qual chama, vertida neste meu caderno

Gritar ao mundo em versos exaltados,

A plenitude deste sentimento belo e eterno.