Quem me dera ser poeta,
Sentir o sopro dos eleitos
Num impulso, talvez de amor
Em odes e estrofes em flor
Poder serenar esta alma inquieta
Ter-te a ti, só a ti, junto a mim
Seres a centelha, vício, obsessão
Entoar-te uma doce melodia sem fim
Tingida em tons de pura paixão
Perder-me em utopias e fervores
Através de traços breves e perfumados
Pintar-te um mundo cheio de cores
E qual chama, vertida neste meu caderno
Gritar ao mundo em versos exaltados,
A plenitude deste sentimento belo e eterno.