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Edla Marinho

PEQUENOS PÁSSAROS

Pequenos pássaros
Poetas Colibris

Sou minúsculo passarinho, a apreciar todos os dias o néctar de seus carinhos.
Somos um bando, alimentados no mesmo ninho....
(Ema)

Dividir o mesmo ninho!
Quer prova maior de carinho,
Somos pássaros, somos paz,
De voar somos capazes,
Sempre estamos em bando
Lá de cima, só espiando,
Bico, biquinho, bicando,
A bicar com mansidão,
Seu ninho meu coração
(Shimul)

Sou pequeno, miudinho,
Sozinho faço meu ninho
E com carinho ponho ovos
Choco e aguardo a nova ninhada crescer
E logo os ensino a voar
Em liberdade aprender a viver e se defender.
Como eu, eles cumprem a missão de semear sementes
e enfeitar as árvores e namorar belas flores que,
faceiras, nos oferecem néctar de seu regaço.
Nasci livre, só para voar, por favor, não me engaiolem,
Não sou enfeite de seu lar!
(Maria Dorta)

Das palavras, em rimas ou prosas
Sou, em muitas cores, poesia
No jardim, me visto de alegria
Voo no espaço azul, em busca de liberdade e inspiração
E o que enche - me de emoção
É saber - me passarinho
Que nunca está sozinho
Posso até cruzar o céu, comigo a sós
Mas volto e encontro os amigos
E juntos, em versos
Fazemos festa no mesmo ninho
(Edla Marinho)


Sou pássaro fora do ninho
Sou pássaro de asas cintilantes
Sobrevoo nas correntes do ar...
Identifico-me como filho do vento
Planando nas correntes dos céus!
Vejo nos andes o sorriso do lagarto
Ainda assim, contenta no seu limite.
Imagino-me sem minhas asas
Sem a sutilezas das minhas asas
O que seria do céu, dos ventos
O que seria de mim…
(Ernane Bernardo)

Molhado no chão fui resgatado por um menininho
Tempestade veio forte derrubando as árvores
Mamãe não resistiu a tragédia, caiu nosso ninho
Minhas penugens já viravam miudas penas, sobrevivi
Mãos bondosas me alimentava, sentia os sabores
Queria saber voar mas era muito pequenininho
Nos céus uma revoada de passaros me chamavam
Fortaleci-me! Asas criei, agora sou passarinho
Voarei o mais alto que der para nos ares brincar
Felicidade! Vento e amigos, não estou mais sozinho
Então viver! Agradecer, voar, cantar, Gorgear.
Graças ao menininho! Vida e liberdade, sou passarinho.
(Claudio Reis)

Tendo asas, sou tão livre
Me aninho em qualquer árvore
Embora queira as mais altas
Mais perto do azul
Onde o sol me toque
E dele eu absorva a luz
Que, meu eu carece
Sempre, para voar e à tarde
Novamente me aninhar
Em braços que me embalem como um vento
Que balança os galhos sem os derrubar
Um ninar, acalentar
Até mesmo podendo ser
Depois do ato enamorado de amar...
(Lucita)

Sou artesão de palavras, que tece em fios ordenados um agasalho da poesia que aquece.
Somos lavradores da fantasia, alimentados do mesmo sonho...
(Hébron)

 

22/03/2021