Samuel SanCastro

Dia da poesia

Quem seria eu, na terra dos viventes?

Que escrevesse recorrente, suas belezas?

Quem seria eu, neste ano de nosso Senhor...

Que pudesse traduzir a vida, a alegria, tristeza ou dor?

Quem seria eu, para que neste dia, nesta era,

Pudesse assumir sem vergonha na cara, que sou poeta?

Que poeta o quê? Perguntam os críticos.

Eu sou apenas eu mesmo e estes versos, meus filhos.

Por favor, não zombes de mim, afinal.

Sou mais um, nos últimos lugares da fila dos imortais.

Declamando minhas pobres rimas neste dia especial.