As sombras de ontem habitam meu hoje
Ah! Será que me prejudicaram,podaram?
Sei que,vezes muitas meu sol toldaram
Sem sol não de pode vicejar
Ressurjo das cinzas vezes sem conta
Tal como uma Fênix, renasço.
Caniço pensante vou vergar
Mas não me deixo quebrar!
Essa angústia e o vazio vestindo- me a alma.
Não os temo. Acolho-os. Acalmam- me.
O ir e vir de minhas dores,de meu sentir em vão
Nada faz eco,amiga solidão tão familiar...
O sofrimento da indefinicao ,tua indiferença soam
como um diapasão a que sempre submeti a melodia de uma vida covarde estéril, e medrosa.
Meus gritos calados ,hoje repetem os de ontem.
Conheço -lhes a fonte, isso não me consola.
Viver, será isso viver?
Escorada num faz- de- conta
Viver para cumprir o desígnio de servir
Sem coragem para romper
Velhos grilhões que amarram
e solapam minha razão de ser?
De gota em gota Rio caudaloso serei.
E na minha queda d \'água, energia produzirei.
Quem sabe terei achado minha missão?
Talvez na próxima reencarnação resposta terei.
Maria Dorta 20-04-2021
\'lhes