Como definir o que não vem desse mundo?
Um abismo de emoções que surgem do inesperado;
Confusão, julgamentos e discórdia;
Um processo lento e doloroso que surge de uma paixão.
Dos lamentos de um, sobrara somente um muro,
que diferente do de Jerusalém, mostra-se ignóbil
e imensamente insignificante.
A paixão é movida por desejo,
essa que mantem-se por pouco tempo;
Logo nos deixa em forma de suor
marcada na roupa de cama.
Não sei se fora substituída ou sofrera mutação;
Mas algo sobrenatural agora habita meu coração.
É disso que vos falo, um sentimento agudo e profundo,
que não se abala por julgamento algum no mundo
Alguns citarão a ética, outros a lealdade,
mas sinto lhes dizer que no sobrenatural não há justiça
Não existe certo, não existe errado;
Somente uma aura ancestral, invisível e perfumada,
parecendo vir de muito longe.
Uma ligação que se vista de perto parece comum,
mas que em suas polaridades trazem marcas profundas,
igualmente doloridas e surpreendentemente
preenchidas ao se unificarem.
Ao compreender o que digo conseguirá ver;
Somos corpos inversamente proporcionais,
um encaixe perfeito um do outro.
Somos a obra prima de Michelangelo,
esculpidos em energia atemporal.
Somos obra de arte oculta e inestimável;
Somos mais perfeitos que “O Juízo Final”