O olhar passeia pela linha do horizonte
Desenha-se em belas sinuosas curvas
Silhuetas lânguidas, de montanhas e montes
Ali, elevam-se os picos, tentativa vã em tocar o infinito...
Quantos segredos, devem ouvir? Ao ocultar o sol fugidio
Esgueira-se e esquece, partes da roupagem flamejante
Ao longe, a lua esperançosa segue o rastro do amado
Quem sabe, os picos deem a ela algum recado...
Quantos segredos ali, jazem imóveis em alguma fenda
Moradas de bichos, aves, e nascentes
Que, há muito, saciam a tanta gente...
O olhar retorna, agora descansado
Ali, sempre encontra repouso
Acordada contemplo, ou tenho sonhado...
Ema Machado