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Um solo de caminhada
Um colo de algum carinho
Uma brisa, um sopro
A carícia do vento é a pétala invisível caída do céu
Das incomensuráveis nuvens, dos jardins do mistério
É o toque imaterial que desperta o arrepio
Por vezes é frio
Um solo de caminhada
Um colo de algum carinho
Sem solidão num universo sozinho
A linha do horizonte, como uma cicatriz de céu e chão, de céu e mar, já não vejo...
Talvez seja o gosto do meu desejo
A linha do horizonte enrolo em carretel
Solto papagaio de papel
Nas águas de oceano, em terra firme planando
Surfando nas ondas num céu aberto...
Um calor de um sol que se põe ao luar...
Sonho sem fronteiras...
Enquanto isso nuvens livres me levam ao chão....
Um solo de caminhada
Solo, sem prumo
Errando, certo, sem rumo
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