Velha tristeza meu peito embala,
Ouvindo do passado seus cantares.
A rosa da saudade despetala
No silêncio desses místicos luares.
Alvoreceste, aurora entristecida,
Como a alma no peito amortalhada,
Vendo a lua pelo céu esmaecida
No recôndito azul da madrugada.
Lua serena de alvura e de encanto,
Que traz-me nesta vida passageira
O brilho que iluminaste o meu pranto.
Ai, tão bela estavas e deslumbrante,
Envolta pela névoa derradeira
A fria palidez do teu semblante.
Thiago Rodrigues
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